Quando se criou o Ministério da Defesa (MD), em 1999 durante o 2º
mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC), com a atribuição de estabelecer
polÃticas ligadas à Defesa e à Segurança Nacional, adequava-se o Brasil, Ã
época, a uma polÃtica moderna e globalizada. Moderna? Tirar os Militares das
decisões polÃticas é ser moderno? Em um Estado moderno a autonomia polÃtica dos
Militares é preponderante para o planejamento da Defesa Nacional. Afinal,
estamos falando de Soberania.
Desde a era FHC o
setor militar sofre constantes e consecutivos cortes. Têm-se a ideia ‘moderna’
de que não há a necessidade de grandes investimentos na área da Defesa já que o
Brasil não está em guerra. Nem inimigos nós temos! (quem já ouviu isso?).
Com o advento do
MD, retiraram-se as decisões polÃticas dos Militares. Atualmente, em
fase de execução, está acontecendo a ‘remoção’ das Instalações Militares da
Esplanada dos Ministérios e, com isso, retira-se fisicamente os
militares da polÃtica.
Lembram-se quando
o Comandante da Marinha anunciou que não haveria expediente às sextas-feiras?
Então... Na segunda-feira a MB tinha anunciada a medida como forma de economia
orçamentária. O jornal O Dia tinha divulgado essa informação semanas antes. Na
terça-feira essa informação chegou às mãos da jornalista Denise Peyró, da CBN e
colocou a matéria em pauta. Ainda na terça-feira, pouco depois de noticiada a
decisão a Marinha voltou atrás afirmando que estava estudando outras formas de
economizar. O puxão foi forte, pois neste mês não foi autorizada nem a chamada “Licença
de Pagamento”.
Se nem uma decisão de cunho
administrativo foge ao poder do Comandante da Força, o quê esperar de contendas
mais sérias, tais como a compra de caças ou a construção de submarinos
nucleares?
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