quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Por quê os Militares não opinam mais?


               Quando se criou o Ministério da Defesa (MD), em 1999 durante o 2º mandato de Fernando Henrique Cardoso (FHC), com a atribuição de estabelecer políticas ligadas à Defesa e à Segurança Nacional, adequava-se o Brasil, à época, a uma política moderna e globalizada. Moderna? Tirar os Militares das decisões políticas é ser moderno? Em um Estado moderno a autonomia política dos Militares é preponderante para o planejamento da Defesa Nacional. Afinal, estamos falando de Soberania.

                Desde a era FHC o setor militar sofre constantes e consecutivos cortes. Têm-se a ideia ‘moderna’ de que não há a necessidade de grandes investimentos na área da Defesa já que o Brasil não está em guerra. Nem inimigos nós temos! (quem já ouviu isso?).

                Com o advento do MD, retiraram-se as decisões políticas dos Militares. Atualmente, em fase de execução, está acontecendo a ‘remoção’ das Instalações Militares da Esplanada dos Ministérios e, com isso, retira-se fisicamente os militares da política.

                Lembram-se quando o Comandante da Marinha anunciou que não haveria expediente às sextas-feiras? Então... Na segunda-feira a MB tinha anunciada a medida como forma de economia orçamentária. O jornal O Dia tinha divulgado essa informação semanas antes. Na terça-feira essa informação chegou às mãos da jornalista Denise Peyró, da CBN e colocou a matéria em pauta. Ainda na terça-feira, pouco depois de noticiada a decisão a Marinha voltou atrás afirmando que estava estudando outras formas de economizar. O puxão foi forte, pois neste mês não foi autorizada nem a chamada “Licença de Pagamento”.
                Se nem uma decisão de cunho administrativo foge ao poder do Comandante da Força, o quê esperar de contendas mais sérias, tais como a compra de caças ou a construção de submarinos nucleares?

 


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